não quero perder a vida
pra ganhar razão
nem perder razão pra pegar um pão
estou fora de área
de alcance
não me canso
estou fechado pra balanço
muito tarde pra me dizer o que devo fazer
vem pra cá
vem sem dúvida
sou vento violino minuano
ano a ano, por ao menos uma vez
sem engano.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
dos três mal amados.

o amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
o amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
o amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
o amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas,
o amor comeu metros e metros de gravatas
o amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
o amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
o amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
(lirinha)
sábado, 1 de setembro de 2007
o medo de paralisar.
"[...]cansado de correr nas direções contrárias"
que prêmio posso ganhar se não tenho nenhum lugar?
devo prezar mais sobre eu mesmo, o meu bloco do eu sozinho.
eu ser meu sol, minha sol.idão, minha sol.ução.
cansei da euforia industrial, euforia carnaval.
agora somos só nós dois, eu e minha circuntância
a gente faz de tudo
faz de conta
iludido à acreditar na outra vida, do outro mês
agora não posso me perder, mas nem me achar consigo
e sigo o mesmo caminho, e se não tenho princípio, nem fim, nem lugar:
me deixe sozinho.
pois só não pode o medo te paralisar.
que prêmio posso ganhar se não tenho nenhum lugar?
devo prezar mais sobre eu mesmo, o meu bloco do eu sozinho.
eu ser meu sol, minha sol.idão, minha sol.ução.
cansei da euforia industrial, euforia carnaval.
agora somos só nós dois, eu e minha circuntância
a gente faz de tudo
faz de conta
iludido à acreditar na outra vida, do outro mês
agora não posso me perder, mas nem me achar consigo
e sigo o mesmo caminho, e se não tenho princípio, nem fim, nem lugar:
me deixe sozinho.
pois só não pode o medo te paralisar.
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