segunda-feira, 29 de setembro de 2008

pe(que)na

menina de lá.
de lá de longe
por tanto amor
de solidão
só lhe dão
o mar da solidez
portanto é nosso
entre tantos outros
é secreto
pe(que)na
somos eu, morena.
sou nós, pequena.
que pena.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

porque nem sempre I

e naquele verão, passaram o passado à limpo.
choveu todos os dias
praguejavam pro tempo passar tão rápido
embora dissessem (num ode à relatividade)
que a cidade das sombras não tinha futuro.
por ventura, por a acaso
não havia nada de concreto na mente desta polis cheia de vid.amor.te
só a abstração do amor e um pouquinho de sorte.

e alguma coisa acontece no teu coração.
achavam
melhor nunca contar pra ninguém, só pra Deus.
mas ninguém nunca(...)porque nem sempre.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

a sombra do vento


eram outros tempos
outros aromas, outros amores ou trote da vida.
outro te amou, te mudou e amargurou.
à sombra do que está por acontecer é o resto do retrato passado a limpo.
passa do tempo em que num lugar fora o mundo está o vento despedaçado, em retalhos.
agora, virando as voltas que esta vida dá, já nem sei que caminhos vêm, que caminhos vão.
mas, ao passo que me vem todo dia a falta da monotonia, falta escassez da contra-mão, contra a contradição.
entre as sobras, da sublime tarde, vem todo mundo que é de mim, e assombra quem não me quer assim.
e nós, nos perdendo sobre a sobra da nossa saudade, sobre a sombra do vento.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


eu vou descansar e casar;
cansar e descasar;
eu só quero caso;
é vida curta enquanto dura, como um curta metragem;
e no meu longa sem nexo, te faço sexo até a vista cansar.
e se vista para alcançar o nosso céu. 'agora, agora, virando as voltas que esta vida dá'
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carta

carta curta
calça curta
curta a festa
curto texto
vida curta
e ainda encurta,
curta!
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contextualizando

o mundo
um mundo
in mundo
in memorian.