domingo, 29 de março de 2009

luisa, eu e as nuvens.

luisa e eu descobrimos que podemos ser o que fazemos, e o contrário.
podemos ser livres, e ao mesmo tempo presos um ao outro.
não temos nada a perder.
a gente dança no céu, nas nuvens e no pó de estrelas. assistimos de cima o nosso (pre)juízo final.
preparamos nosso próximo desfile e o que for.
refazemos nossa tarde e tudo o que quebramos.

a vida é nossa, e ainda vamos espalhar o otimismo que ainda sobrar. mesmo que seja noite.

a vida é nossa até o final.

domingo, 22 de março de 2009

as nuvens.

o plano era o seguinte: eu e luisa iríamos roubar as nuvens do céu para poder andar nas plumas bonitas de nós.





não satisfeita, luisa roubou meu amor.

sexta-feira, 20 de março de 2009

redesfazer e refazer e fazer e amar

parei pra pensar nas pessoas deixei pra trás
pessoas que deixei de ter quando tinha minha vida como ela era
sem qualquer previsão, me desfiz de todomundo que amava tododia.

tenho que rever minha vida como ela é
ou deveria ser
a hora certa vai chegar.

vou levar meu estado
assim, bem ao sabor do acaso, vou me levando.

vou levar assim, em retalhos
e as palavras sempre perdidas, juntas de mim.

que passam por aqui, e que não passam de ilusão.

quinta-feira, 19 de março de 2009

mundo-cão

eu hoje tive um sonho
era um quase mundo-cão
um lugar perfeito onde não se queimava livros
um lugar perfeito onde se queimava homens
as memórias faziam vidas
e vidas se refaziam em morte
sei que no fim, deixei um manuscrito que ainda quero ler
foram minhas memórias que foram junto da vida.
ainda bem que eu acordei.

e é nesse meu jeitinho cão vagabundo que me faço neste mundocão

domingo, 15 de março de 2009

tags da vida,

palavras, cores, coisas, aromas, amores, chocolate, frio, noite, árvores, viver, conversas, besteiras, tarde, praças, fotografias, filmes, livros, discos, amigos, beijos, abraços...
(...)a vida é tão bonita, né?

domingo, 8 de março de 2009

a saudade que vai, e a gente que fica,

a gente faz hora, faz fila, faz de tudo e faz de conta.
mas é demais, é humano demais!
há quem duvida da vida mas não revida.
pra ela foi noite cedo, e já havia brincado de tudo.

é muito mais difícil dizer adeus quando não há nada mais pra se dizer. então que vá à Deus.


para Maria Ângela,

vai lá, Bem, atrás de quem sustenta a eternidade


.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Clara, a Saudade e Eu.

clara nunca foi uma criança normal.
não tinha olhos de jaboticaba como em qualquer história. os seus, eram claros, azuis e elétricos.
nunca soube faroeste caboclo de cór.
mas nunca nunca era sempre.
a menina sempre quis fazer saudade. não sei onde ouviu ou viu isto, mas queria
(...)e de todo jeito.

era livre pra decidir. tinha o amor em suas mãos e as cartas na mesa.
não contente, fez-se liberdade e foi pra cidade.
a luz da metrópole cobria sua face.
- lá vem a cidade -
eu juro que clara disse isto duas vezes
- lá vem a cidade -

o mundo era agora da menina.
era um lugar sem lei. onde as bicicletas andavam sozinhas, e nós, desconstruíamos qualquer crime, pecado ou dúvida.
e esquecer não posso, dos nossos encontros e desencontros escritos certo por Deus em linhas tortas.
nossa vida não era contada por minutos, mas por momentos que ninguém me avisa que teria de lembrar.
a cidade vai, a cidade fica, e atravessamos o dia, a tarde e a noite.
não soube porquê clara não disse tchau, foi à Deus.
mudou de canal.

o resto? fez-se saudade.