segunda-feira, 24 de novembro de 2008

nem menos

não falo em horário
prefiro gastar meu tempo vendo o vento

o vento não é nada sem direção, e nada é mais tarde do que a noite.

sem mais, nem menos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

ou sim ou não ou não sei sim

quando digo tudo, nada faz sentido.
há muito o que fazer.
ou não, ou sim, ou não.

sou nada, tudo de nada, cheio de nada, totalmente nada.
sou antítese da minha piada.
sou contradição de tudo,
de nada vale ter o pão sem perder a vida, e ainda ser ladrão.

eu sou ladrão dos meus sonhos, no meu sono, no meu eu.
eu, meu, seu!
eu sou um museu de cera.

não!
sou dado a sonhos
como um soldado de chumbo
aí sim, o meu museu, é seu também
só não se perca nos caminhos que vem ou vão.


é a certeza da inconstância que me faz ir e vir.

domingo, 16 de novembro de 2008

egoísta

sou ser urbano, ser humano, corpo santo
os amores e aromas são possibilidades de felicidade
altruístas ou não
curtos como um sonho bom
o livro deixo no ar
me livro do aquário
faço meu encontro singular
na minha mania de narciso
vou na onda do vento
desço rua abaixo
subo e eu morro

o livro livre do mundo.

eu gosto do gosto, do bom gosto, do bom senso, do mundo, de mim, de ti, de tudo.
gosto dos livros, meus, teus, nossos.
um suspense pra dizer o sim. um romance pra fugir de tudo, de todos os caminhos.
são livros, mais de (quarenta) mil destinos.
e no fim, eu vou gostar quando puder ler teu mundo. e gostar mais ainda quando puder estar a ler com você.




pra você, pra mim, e para nossa circunstância.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

eu não sei dizer

e é assim
do jeito que a gente combinou esquecer
que eu ainda lembro
e é assim
era luz, era água, era meu corpo dentro do seu copo vazio

não é assim
eu não sei ser, não posso ser.
eu não sei dizer se púrpura é a cor do coração,
se estou cheio de vazio por tanto amor.
se é todonossodia nossa vida de cor.ação puro, de cor púrpura,

eu vou querer ouvir o que você quiser

o que tem de mim.
e você saberá quando achou a nossa perdição.

no pain, no gain (é o que dizem)

a caça caça.a.dor
é o que o pouco de tudo é
são artifícios que usamos para sermos ou parecermos mais reais.
e a cidade ainda espera a saudade, para sermos só as partes do seu livro.
sem perda, sem ganho, e,

sem a dúvida da vida.




no pain, no gain, é o que dizem.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

uma breve história da tristeza

tempo escorre em nossas veias
corre sem filtro
o breve pulsar, soltando fumaça
e viaja no mundo sem fim
talvez não
tempo corre contra o fim
a fim de escorrer pelo ralo
enfim silêncio
enfim gritando: nada é tão triste
assim
,
sem disfarçar.


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uma breve história do amor

não há nada de concreto entre a
vid.amor.te
só a abstração do amor
e um pouquinho de sorte
o que vem chegando?
um acorde
do fundo da poeira
na fogueira, a poesia do fogo fala:
não fique aí parada
na vida funda
como um mar.tírio
onde atiro na morte, tiro a vida
e fundo o amor.
afinal, quem ama não vive, só ama.

depois vive, duvida, e, evita.