creio que se houver vida após a morte pedirei pra me deixar viver até o fim dos meus dias, depois da morte.
assim posso falar que a morte anda tão viva.
de tão viva, conheci Clara, com uma pele suave e propícia ao nome.
me apresentei, e logo vi um romance como velhos filmes de arte. claro! sentados, tomando café e conversando sobre a abstração do amor.
o amor é a abstração entre a vidamorte.
o amor é a distração de quem quer viver sabendo que vai levar uma moral.
acaba e temos o (pre)juízo final. dá pra perceber em quantas entrelinhas o amor entra na vida e na morte. não há como negar.
mas neguei. neguei pra Clara quando disse que nunca amei ninguém, que sou Narciso. como sou narciso, se sei nadar? mesmo sabendo, me afoguei em amores, aromas e rancores.
Clara me disse que ama amar. amei quando ouvi isto.
e aqui estamos: tomando o nosso 23º café no nosso 7 encontro desde o primeiro. gozando da virtude da vida: aprender a morrer, e compreender que amar está sempre na vida, na morte e em nós. abstraindo e sumindo. (viver é tabela)
não há nada de concreto entre a vida e a morte: só a abstração do amor e um pouquinho de sorte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário